sábado, 22 de outubro de 2011



Verdade

Casa silenciosa. Sábado numa tarde de outono. Quase frio ou ainda algum calor. Gosto de chegar a casa. De preferência de dia. E de ficar sem tempo contado. Ver flores da janela, o pátio com muita luz, a mesa da sala sempre com alguma coisa para começar, continuar ou acabar.

A casa é o espaço onde sou mais verdadeira. Comigo própria e com os outros. Onde paro mais um bocadinho para olhar à minha volta e para dentro de mim. Lugar onde procuro calor quando tudo arrefece e frescura quando tudo parece esquentar.

É outono e a casa apetece.

2 comentários:

  1. Às vezes, as casas também traduzem uma grande solidão, um vazio cheio de ausências. Quando ficamos sós em casa, apetece relembrar muitos momentos passados povoados de sons, mesclados de alegrias e de tristezas, de ais angustiados ou simplesmente de risos que soltaram alegrias incontidas.
    Às vezes, sentimo-nos assim, com todo o peso da casa em cima de nós.
    Melhor será procurar preencher esses grandes espaços domésticos com novas/outras presenças, ainda que revestidas de rostos fugidios, presentes e ao mesmo tempo ausentes, diferentes em tudo dos que habitaram, ao tempo, as mesmas casas.

    ResponderEliminar