sábado, 21 de janeiro de 2012

Versos Escritos N'água



Os poucos versos que aí vão,
Em lugar de outros é que os ponho.
Tu que me lês, deixo ao teu sonho
Imaginar como serão.

Neles porás tua tristeza
Ou bem teu júbilo, e, talvez,
Lhes acharás, tu que me lês,
Alguma sombra de beleza...

Quem os ouviu não os amou.
Meus pobres versos comovidos!
Por isso fiquem esquecidos
Onde o mau vento os atirou
 

.
Manuel Bandeira (Recife 1886/Rio de Janeiro 1968)

Sem comentários:

Enviar um comentário