quinta-feira, 15 de março de 2012

Não querem ficar bem na fotografia?


Há pequenas situações quotidianas que revelam bem, a meu ver,  diferentes  posturas  dos jovens  na sua maneira de encarar o mundo:
- achar que tudo compete aos outros e que tudo podem fazer e dizer;
- contribuir com as suas atitudes para o bem estar pessoal e do grupo.
Vejo e oiço, por exemplo, nas aulas, alunos que se assoam ruidosamente enquanto outros estão a ler em voz alta; batem com a caneta na mesa durante a explicação do professor; estalam a garrafa de plástico vazia  no tempo em que alguém fala; bocejam  sem controle; mexem em objetos desconcentrando os mais próximos; conversam quando seria necessário silêncio…
Durante uma representação teatral, falam em voz alta como se estivessem no intervalo; fazem comentários quando as luzes se apagam; ligam os telemóveis sem ligar às recomendações…
 E são muitas vezes os que mais ruídos emitem, os que mais transgridem que mais se queixam, que mais descontentes se mostram, que mais críticas fazem, que mais confusão instalam, que mais pedras atiram e logo escondem a mão...
Um guia dá informações sobre um espaço, onde dificilmente o grupo voltará, e alguns elementos aproveitam para se sentar e conversar, em voz alta, sobre coisas que nada têm a ver.
Será um problema genético ou o resultado de muitas práticas educativas de desresponsabilização?
Em época de poupança, muitos dos nossos jovens desperdiçam recursos que outros lhes preparam para o seu sucesso. Muitos nem o reconhecem tão surdos que estão por todos os ruídos ouvidos e produzidos.
Felizmente a maioria dos jovens mostra a maravilha que é um ser humano a usufruir, com alegria, beleza e naturalidade, do mundo que nos rodeia. Outros ainda não tiveram ou não aprenderam a aproveitar essa oportunidade.
Mais vale não deixar para amanhã. Pode ser demasiado tarde. 
Não querem ficar bem na fotografia?


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