terça-feira, 27 de março de 2012

A viagem mais longa que fiz foi a Macau


Já foi há alguns anos. Lembro-me bem da travessia de Hong-Kong para Macau. Nós, um grupo de portugueses com laços de amizade e de profissão, quase dormimos, porque o cansaço da viagem era muito. Muito distante de Portugal, a terra surgia estranha, como estranho era ver placas também escritas em português. 
Porém, a língua portuguesa parecia estranhíssima nas lojas, nas ruas, nos restaurantes...
A não ser na Livraria portuguesa, num restaurante com comida  que tinha sabores de qualquer região do nosso país, numa loja de uma macaense que aprendera a falar português com os clientes a quem vendia sobretudo carteiras e bordados...
Na minha memória também está a praça em calçada portuguesa, o mercado central, os monumentos do tempo dos Descobrimentos, as varandas com vidros e grades, as lojas de gaiolas de pássaros, o casino Lisboa (percorremos as salas de jogo como uma criança visita um parque de diversões pela primeira vez. Não esqueço o rosto de uma mulher já idosa a perder muito dinheiro na roleta).
Ficou-me igualmente a diversidade de pessoas, com ar natural e tranquilo, nos jardins públicos, a fazer a sua ginástica matinal. Indiferentes aos olhares, alongavam braços e pernas como uma coisa boa e necessária. Também vi grupos de meninos, com farda escolar, a dirigirem-se para as escolas. E senti o cheiro do incenso nos locais de meditação.
Dificilmente lá voltarei, mas muitas imagens ficaram. Apesar de a viagem ter sido turística e não de viajante que observa, com tempo, captando diferentes atmosferas dos locais por onde passa.

Comentário: Um dia também gostava de ir a Macau (e gostei muito deste texto por me levar a imaginar como será). em A viagem mais longa que fiz foi a Macau

1 comentário:

  1. Um dia também gostava de ir a Macau (e gostei muito deste texto por me levar a imaginar como será).

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