sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Riquezas doces de Ovar


Catálogo com a casa onde Júlio Dinis viveu pouco antes 
da sua morte, em 1871, aos 32 anos, de tuberculose

Jardim em frente à Casa de Júlio Dinis

Marcadores e boneca de artesã local, representando uma das personagens 
(Margarida) do romance As pupilas do Senhor Reitor
Folheto de uma exposição "Os Mares de Sophia", na Biblioteca de Ovar, do artista plástico Fernando Andrade, baseada na obra de Sophia de Mello Breyner, sobretudo na Menina do Mar
Uma das antigas confeitarias especializadas no pão de ló de Ovar (delicioso - só é pena engordar!)

E em Ovar, muito mais há para ver: o museu, as casas antigas revestidas de azulejos (tive pena de não poder fotografar algumas, mas a bateria terminou), a estação do comboio, o Largo da Câmara, as ruas com casas baixas e com memória...

E também um grupo de homens velhos a jogar dominó num café sossegado, uma menina a pedir à avó para regressar de camioneta ao Furadouro, uma mulher de avental muito limpo a correr para apanhar o circuito (camioneta), uma senhora de preto e já velha a descansar de uma vida a fazer doces regionais saboreados em diferentes partes do mundo, um homem nostálgico de bicicleta com o camuflado de guerra bem conservado, a funcionária da Biblioteca a mostrar, sem sucesso, o preçário das belas peças expostas (seres marítimos que vivem para sempre nos livros de Sophia)...



10 comentários:

  1. Já andei à procura (na net) da razão do pseudónimo Júlio Dinis. Porquê Júlio? Porquê Dinis? Mas não descobri nada! Descobri, sim, que o escritor também usou para narrativas mais ligeiras o pseudónimo Diana de Aveleda!
    enfim, terei de mergulhar em livros, a ver se descubro alguma coisa!
    binhos
    IA

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  2. Será que alguém sabe? Eu também gostava imenso de saber. Estou certa que alguém vai dizer. A resposta pode vir de Portugal, dos Estados Unidos, do Brasil, da Rússia, da Alemanha, da França, da Bélgica, da Letónia...

    Um beijinho
    M.

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  3. Cheira-me que o Joaquim Guilherme Gomes Coelho andou entre o caso narrativo da altura - o Júlio Verne - e as experiências de poesia lírica que também cultivou, ainda que menos conhecidas, qual rei-poeta, também rei de cultura, de instrução e de oficialização do Português, que se chamou Dinis.

    Não te canses, IA, pois uma das estudiosas do escritor, brasileira, considera que o pseudónimo é nome-vazio (a não ser que descubras para aí uma cartita do respetivo a explicar a coisa!)

    (Esta resposta veio de Espinho,a meio caminho de Ovar,... e não deve ser lá grande coisa!)

    Beijinhos para a M e para a IA.

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  4. Pois, nem tudo tem de ser justificado. Se calhar, o Júlio Dinis, neste momento, está contente por saber que no século XXI ainda desperta curiosidade. Ainda bem.

    Beijinho
    M.

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  5. Pois, deve ser como dizes, Vítor!
    Confio plenamente nessa tua espécie de "oráculo olfativo". Deves andar perto. A "tua" brasileira tanbém me parece credível! (Ele é brasileiras, espanholas...)

    E a Dolores também deve estar certa! Onde quer que o Júlio esteja deve estar feliz por ser alvo de tanta curiosidade!
    (Espero não me ter esquecido de nenhuma letrinha! Ai, ainda continuo a precisar de férias...)
    bjinhos para os dois
    IA, às vezes prima Za e também Clarinha

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    1. Letrinha... não, não esqueceste;
      mas, ai!, no que toca a trocar
      afastaste-te da letra da canção:
      aquela que diz "antes de p ou b
      escrevo um 'm' em vez de 'n'".
      Estamos de férias, tens razão!
      Mas convém, por ofício, lembrar
      que na ortografia embrandeceste.

      (AI, prima, prima...)

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  6. Pois é! Embrandeci
    e baralhei a canção.
    Mas ganhei um primo novo,
    tão versado nas normas
    como sábio de coração,
    que perdoa tamanha afronta
    à tirana ortografia
    e presenteia esta prima
    com a graça da poesia!

    bjinhos para a prima Mariana e para o primo Vítor
    da prima Za

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  7. Ai não sei o que escrever
    Com estes amigos poetas
    que tanto sabem de linguística
    E, quem sabe, até de física e química
    Ou até de matemática
    Pois esta resposta automática
    Permite concluir
    Que muito ainda está para vir
    Com tal domínio da gramática!
    Um beijinho
    M.

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    1. Essas relações entre letras e números tem muito que se lhe diga. São clássicas já.
      Não é por acaso que já escrevi sobre isso -http://carruagem23.blogspot.pt/2011/05/com-letras-e-numeros-em-abraco.html - e também me deixei inspirar quando quis produzir um soneto dedicado a alguns alunos (Um soneto! Que pretensioso!)

      Se o ímpar se define pelo par,
      É no todo que surge o singular.
      Sem o céu, o que seria da ave?
      Na música, soa o agudo e o grave!

      As pedras, pela fé, se humanizaram…
      Os Homens, afastados do diabo,
      Esqueceram-se do mal e do pecado.
      E assim os tempos se recriaram:

      Com letras e números em abraço;
      Com o choro a alimentar a alegria;
      De céu, mar, terra e ar, feito compasso.

      Sem outras estrelas, sem companhia,
      Nesta viagem também de cansaços,
      Não se ilumina a noite… nem o dia.

      ESG, Junho 2007

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  8. Ilumina sim
    É minha convicção
    Porque quem escreve assim
    Ama a Vida e não só a ilusão!

    Beijinho
    M.


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