domingo, 31 de julho de 2016

Uma questão de cor?

Há muito tempo, ouvi um professor universitário, especialista em Linguística, referir que se recusava dizer "vinho verde" quando ia a um restaurante, uma vez que era do Norte. Preferia dizer "binho berde". Os alunos que assistiam à conferência fixaram a afirmação e, de vez em quando, lá vinham eles com a referência ao "binho berde", o que era um bom pretexto para ouvirem falar da variação e mudança a nível linguístico, ou seja, a variação tem a ver com a pronúncia ou outras diferenças vocabulares que emergem das diversas regiões e a mudança diz respeito à evolução da língua com a introdução, por exemplo, de novos vocábulos ou expressões, etc.

Como o vinho verde é bastante apreciado, e também por pessoas fora de Portugal, um familiar de portugueses, chegando a Portugal, logo quis comprar o referido vinho. Como não conhecia bem o produto, viu no rótulo que era vinho verde e comprou. Para um almoço de família, levou uma das garrafas e, antes do almoço, apressou-se a abri-la para ir provando o vinho e dando-o a provar também.
Deitou um pouco no copo e estranhou a cor. Logo perguntou: 
- O vinho verde também pode ser vermelho? 
Houve alguns risos, enquanto alguém lhe explicava o sentido de vinho verde.
 E, por certo, que também o brasileiro, durante a explicação,  ouviu dizer "binho berde", que num era bermelho mas tinto, carago!

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