sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Um belo poema de Amor


Maria do Rosário Pedreira


Hoje, uns minutos antes das 13h,
ouvi este poema, dito pela autora, Maria do Rosário Pedreira,
no  programa "A vida breve", na Antena 2.
Procurei-o agora em Podcast.
 Ainda não estava disponível, mas vale a pena
tentar de novo e ouvir
"a poesia por quem a escreve".
http://www.rtp.pt//play/podcast/1109

 Quando eu morrer, não digas a ninguém que foi por ti.

Quando eu morrer, não digas a ninguém que foi por ti.
Cobre o meu corpo frio com um desses lençóis
que alagámos de beijos quando eram outras horas
nos relógios do mundo e não havia ainda quem soubesse
de nós; e leva-o depois para junto do mar, onde possa
ser apenas mais um poema — como esses que eu escrevia
assim que a madrugada se encostava aos vidros e eu
tinha medo de me deitar só com a tua sombra. Deixa

que nos meus braços pousem então as aves (que, como eu,
trazem entre as penas a saudade de um verão carregado
de paixões). E planta à minha volta uma fiada de rosas
brancas que chamem pelas abelhas, e um cordão de árvores
que perfurem a noite — porque a morte deve ser clara
como o sal na bainha das ondas, e a cegueira sempre
me assustou (e eu já ceguei de amor, mas não contes
a ninguém que foi por ti). Quando eu morrer, deixa-me 


a ver o mar do alto de um rochedo e não chores, nem
toques com os teus lábios a minha boca fria, E promete-me
que rasgas os meus versos em pedaços tão pequenos
como pequenos foram sempre os meus ódios; e que depois
os lanças na solidão de um arquipélago e partes sem olhar
para trás nenhuma vez: se alguém os vir de longe brilhando
na poeira, cuidará que são flores que o vento despiu, estrelas
que se escaparam das trevas, pingos de luz, lágrimas de sol,
ou penas de um anjo que perdeu as asas por amor.


Maria do Rosário Pedreira

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Tal como músicas!

Sim, também as palavras

O beijo Gustav Klimt  1907-1908
  
Neologismo
  
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo

Teadoro, Teodora.
                             Manuel Bandeira (1886/1968)


Há Palavras que Nos Beijam

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

                                  Alexandre O'Neill  (1924/1986)

Há palavras (tão) cinzentas. Estas são cor-de-rosa!


Leia-se "fugaz" (efémero, transitório, rápido...)
É caso para dizer: na primeira imagem, cai a nódoa!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Breves em breve Porto-Londres-Porto

Casa
Como está grande! E os olhinhos mais azuis! Que riqueza!
E a bebé sorria. E também os pais. E também as visitantes, se se pode chamar assim a um tronco tão comum.
 E em breve saíam à rua, fixando o momento numa sorridente selfie sob o sol fresco de Londres. A rua estava húmida, os arbustos pingavam gotas de chuva acumulada, mas as árvores floriam como luzinhas cor-de-rosa. 
Ou era a bebé que sorria?

No aeroporto de Stansted:
Mãe, neste avião para o Porto só vão portuenses?
Não, filha, vão outras pessoas.
São londrenses?

No avião da Ryanair:
No final da viagem, antes de aterrar, os assistentes de bordo passam revista para verem se os cintos de segurança estão apertados.
Uma passageira, nuns loiros trinta anos, tem um casaco sobre as pernas, tapando o cinto. 
O assistente pergunta se o cinto está apertado. 
Não, diz ela, com voz bem sonora. E continuou:
- Na descolagem não apertei o cinto e vocês nem repararam.
Os assistentes, com um sorriso de "o cliente tem sempre razão" sorriram, com a exigida simpatia, e acrescentaram:
- Como é possível? Não vimos que não tinha apertado o cinto na descolagem.
E logo ela em voz mais alta:
- Eu conheço todos os truques!
E sorria da pretensa esperta vitória.

Altos parabéns
Antes de chegar ao Porto, ainda por cima das altas nuvens, a hospedeira, com voz macia,  anunciou ao microfone:
- Hoje, temos um passageiro especial.
Sim, viaja connosco o senhor Manuel Silva que veio a Londres festejar o seu aniversário. Muitos parabéns e para ele peço uma salva de palmas.
E o avião, cheio, aplaudiu. Ninguém conheceria o senhor Manuel Silva, mas ele poderá contar e recontar que, no dia 31 de janeiro de 2016, um avião inteiro lhe deu os parabéns.
E não é mentira.




quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

"Todo Cambia"


Este vídeo foi colocado no blogue Bem-Vindo ao Paraíso
que hoje celebra um ano. Parabéns!
Desejo uma longa vida de criatividade, motivação e partilha
Um beijinho
                                                                                                                                        

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Yes, of course!

Wonderful Life Lyrics




Here I go out to sea again
The sunshine fills my hair
And dreams hang in the air
Gulls in the sky and in my blue eye
You know it feels unfair
There's magic everywhere
Look at me standing
Here on my own again
Up straight in the sunshine
No need to run and hide
It's a wonderful, wonderful life
No need to laugh and cry
It's a wonderful, wonderful life
The sun's in your eyes
the heat is in your hair
They seem to hate you
because you're there
And I need a friend
oh I need a friend
to make me happy
Not stand here on my own
Look at me standing
Here on my own again
Up straight in the sunshine
No need to run and hide
It's a wonderful, wonderful life
No need to laugh and cry
It's a wonderful, wonderful life
I need a friend, oh I need a friend
To make me happy, not so alone
Look at me here
Here on my own again
Up straight in the sunshine
No need to run and hide
It's a wonderful, wonderful life
No need to laugh and cry
It's a wonderful, wonderful life
No need to run and hide
It's a wonderful, wonderful life
No need to laugh and cry
It's a wonderful, wonderful life
Wonderful life
Wonderful life

domingo, 24 de janeiro de 2016

Is it true?

sábado, 23 de janeiro de 2016

La mère Noël, Michel Tournier

Michel Tournier ~ dez. 1924/jan. 2016


Este conto era estudado
em algumas escolas. Não sei se continua a ser.
É uma belíssima narrativa que remete para valores humanos
como a solidariedade, a ternura, a alegria...
e para os afetos (escolho a palavra, apesar
do grande vazio com que a vestiram nos últimos tempos).
Ouvi agora que Michel Tournier faleceu. 
Logo me veio à memória este conto,
e a obra Vendredi et la vie sauvage.
Recordei-me igualmente de  ver o escritor no Porto, numa conferência em que revelou também um grande poder de comunicação.
Nesse dia, explicou a razão de, na publicidade aos relógios, os ponteiros mostrarem sempre as 10h10m - para a imagem se aproximar de um sorriso!
De uma longa vida fica uma vasta obra.
Como um relógio que mostra muitas horas da vida humana.



"Le village de Pouldreuzic allait-il connaître une période de paix? Depuis des lustres, il était déchiré par l’opposition des cléricaux et des radicaux, de l’école libre des Frères et de la communale laïque, du curé et de l’instituteur. Les hostilités qui empruntaient les couleurs des saisons viraient à l’enluminure légendaire avec les fêtes de fin d’année. La messe de minuit avait lieu pour des raisons pratiques le 24 décembre à six heures du soir. A la même heure, l’instituteur, déguisé en Père Noël, distribuait des jouets aux élèves de l’école laïque. Ainsi le Père Noël devenait-il par ses soins un héros païen, radical et anticlérical, et le curé lui opposait le Petit Jésus de sa crèche vivante célèbre dans tout le canton comme on jette une ondée d’eau bénite à la face du Diable.
Oui, Pouldreuzic allait-il connaître une trêve? C’est que l’instituteur, ayant pris sa retraite, avait été remplacé par une institutrice étrangère au pays, et tout le monde l’observait pour savoir de quel bois elle était faite. Mme Oiselin, mère de deux enfants dont un bébé de trois mois était divorcée, ce qui paraissait un gage de fidélité laïque. Mais le parti clérical triompha dès le premier dimanche, lorsqu’on vit la nouvelle maîtresse faire une entrée remarquée à l’église.

Les dés paraissaient jetés. Il n’y aurait plus d’arbre de Noël sacrilège à l’heure de la messe de « minuit », et le curé resterait seul maître du terrain. Aussi la surprise fut-elle grande quand Mme Oiselin annonça à ses écoliers que rien ne serait changé à la tradition, et que le Père Noël distribuerait ses cadeaux à l’heure habituelle. Quel jeu jouait-elle? Et qui allait tenir le rôle du Père Noël? Le facteur et le garde champêtre, auxquels tout le monde songeait en raison de leurs opinions socialistes, affirmaient n’être au courant de rien. L’étonnement fut à son comble quand on apprit que Mme Oiselin prêtait son bébé au curé pour faire le Petit Jésus de sa crèche vivante.

Au début tout alla bien. Le petit Oiselin dormait à poings fermés quand les fidèles défilèrent devant la crèche, les yeux affûtés par la curiosité. Le boeuf et l’âne un vrai boeuf, un vrai âne paraissaient attendris devant le bébé laïque si miraculeusement métamorphosé en Sauveur.

Malheureusement il commença à s’agiter dès l’Évangile, et ses hurlements éclatèrent au moment où le curé montait en chaire. Jamais on n’avait entendu une voix de bébé aussi éclatante. En vain la fillette qui jouait la Vierge Marie le berça-t-elle contre sa maigre poitrine. Le marmot, rouge de colère, trépignant des bras et des jambes, faisait retentir les voûtes de l’église de ses cris furieux, et le curé ne pouvait placer un mot.

Finalement il appela l’un des enfants de choeur et lui glissa un ordre à l’oreille. Sans quitter son surplis, le jeune garçon sortit, et on entendit le bruit de ses galoches décroître au-dehors.

Quelques minutes plus tard, la moitié cléricale du village, tout entière réunie dans la nef, eut une vision inouïe qui s’inscrivit à tout jamais dans la légende dorée du Pays bigouden. On vit le Père Noël en personne faire irruption dans l’église. Il se dirigea à grands pas vers la crèche. Puis il écarta sa grande barbe de coton blanc, il déboutonna sa houppelande rouge et tendit un sein généreux au Petit Jésus soudain apaisé".

La mère Noël - Michel Tournier (extrait de Coq de bruyère)


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Da sala de aula vê-se o Monte Crasto



De algumas das salas de aula da escola onde trabalho vê-se bem o Monte Crasto. Ontem de manhã, estava envolto em bruma e uma chuva miudinha pintava a paisagem de cinzento, ainda que de permeio houvesse árvores.
A turma não era grande (se houvesse uns trinta alunos na sala, nem tempo haveria para olhar pela janela), os alunos eram calmos e comentei antes do intervalo: gosto deste tempo.
Não estavam de acordo comigo; era bem melhor o sol.
E lembrei-me de que sempre gostei de dias de inverno assim. Tudo parece mais sossegado.
Ou, então, é de mim ao sentir a alegria de poder dialogar com os alunos, vendo entusiasmo e gosto em aprender. 
Não acabe esse brilhozinho nos olhos, haja sol, chuva, nevoeiro...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Music


Liberdade
Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.

Sophia de Mello Breyner Andresen
 


Moonlight

Turner

Entre o Luar e a Folhagem

Entre o luar e a folhagem,
Entre o sossego e o arvoredo,
Entre o ser noite e haver aragem
Passa um segredo.
Segue-o minha alma na passagem.

Tênue lembrança ou saudade,
Princípio ou fim do que não foi,
Não tem lugar, não tem verdade.
Atrai e dói.

Segue-o meu ser em liberdade.

Vazio encanto ébrio de si,
Tristeza ou alegria o traz?
O que sou dele a quem sorri?
Nada é nem faz.
Só de segui-lo me perdi.

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Do Porto para o Louvre


quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Ainda

domingo, 10 de janeiro de 2016

Sobre um livro que li

Na capa do livro, publicado pela D. Quixote,  é bem visível o título: Retrato de Rapaz, ladeado por uma breve mensagem explicativa em caracteres mais pequenos: "Um discípulo no estúdio de Leonardo da Vinci"-
O autor é Mário Cláudio - que recebeu com esta obra o prémio de Romance e Novela da APE, 2014.
A leitura não poderá ser rápida, apesar de o livro ter apenas 139 páginas, porque a escrita reflete a expressão, o vocabulário e o espírito tumultuoso dos lugares daquela época - século XVI.
Tece-se, magistralmente, o retrato das pessoas que vivem ou circulam numa Florença desorganizada e suja, na qual vive o génio Leonardo.
O retrato do rapaz é construído na base dos seus múltiplos defeitos e virtudes que fazem dele um ser desejado, ladino, agressivo, hábil, odiado...
Também o retrato do narrador/autor se agiganta: só quem conhece tão bem os lugares e a sua História é capaz de produzir uma narrativa tão densa, sugestiva e subtil.
Também se agiganta o domínio da Língua Portuguesa de Mário Cláudio. Os registos são inúmeros e todos verosímeis.
São, assim, retratos de diferentes homens que vão marcando a cultura europeia, onde cabe também a sedutora imaginação.

A fuga do cato


Este é um dos trabalhos que se podem ver atualmente em Serralves. Não sei o título da obra, mas acho uma ideia fantástica.
Sempre gostei de plantas, embora não me agradem nada catos com picos. Espero, contudo, não contribuir para o desejo de fuga dos poucos que tenho!!!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Hoje?

Francis McCrory
Francis McCrory

Um excerto do "Expresso curto" e um poema, como ele, bem tirado

"O QUE ANDO A LER
Não é bem o que ando a ler. É o que releio sempre que as palavras estão em perigo. Sempre que quem pronuncia as palavras é silenciado «por maneiras tão sábias, tão subtis e tão peritas, que não podem sequer ser bem descritas», como sentenciou Sophia de Mello Breyner. Nestas ocasiões regresso aos poetas, às palavras dos poetas, aos pensamentos dos poetas. Manuel António Pina é um dos meus poetas preferidos. Não só porque é um enormíssimo poeta. Mas porque, além do mais, fui colega dele no Jornal de Notícias, ele no Porto e eu na filial de Lisboa, numa altura em que não havia colegas nas redações mas camaradas. Depois, porque era uma excelente pessoa, de uma enorme generosidade. E já agora porque também era sportinguista. «Agora que os deuses partiram, / e estamos, se possível, ainda mais sós, / sem forma e vazios, inocentes de nós, / como diremos ainda margens e como diremos rios?». É assim que termina a sua coletânea «Todas as Palavras – poesia reunida», editada pela Assírio & Alvim, uma editora que há muitos anos guarda cuidadosamente todas as palavras e trata cuidadosamente todos os poetas. Ou como, segundo o Germano Silva, uma figura incontornável do Porto, dizia o Pina, quando o Sporting estava a perder: «Que se f… o futebol, Germano, vamos mas é para a poesia». E quando era o contrário, mudava o sentido da frase: «Que se f… a poesia, Germano, o futebol é que é!»."

Nicolau Santos 
Passagem
Com que palavras ou que lábios
é possível estar assim tão perto do fogo
e tão perto de cada dia, das horas tumultuosas e das serenas,
tão sem peso por cima do pensamento?


Pode bem acontecer que exista tudo isto e isto também,
e não só um voz de ninguém.
Onde, porém? Em que lugares reais,
tão perto que as palavras são de mais?


Agora que os deuses partiram,
e estamos, se possível, ainda mais sós,
sem forma e vazios, inocentes de nós,
como diremos ainda margens e como diremos rios?

Manuel António Pina

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Sem legendas

Com legendas

domingo, 3 de janeiro de 2016

He is singing in the rain!

" Barbara " em domingo de muita chuva

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Receita de Ano Novo

René Bértholo
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade, Texto extraído do "Jornal do Brasil", Dezembro/1997.

Nota - Obrigada, IAzinha, por esta tão bela "Receita de Ano Novo". 
Quem me dera confecioná-la. Vou tentar, nem que seja um bocadinho!

Feliz Ano Novo!

Há instantes assim (*)

 
José Moura-George

Cada momento de alegria,
cada instante efémero de beleza,
cada minuto de amor,
são razões suficientes para uma vida inteira.

A beleza de um único momento eterno
vale a pena de todos os sofrimentos.

                                                 Rubem Alves





(*) O título não é do Poeta. Se o fosse, seria mais poético!

Uma música que emocionou um Presidente. Ainda bem!

Aretha Franklin - (You Make Me Feel Like) A Natural Woman